sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

No Jardim de Sophia


No Jardim de Sophia, Philo conheceu o amor.
 
Este é um acontecimento que ocorreu há muito tempo... Só de lembrar meus olhos se põe a aguar, quão lindo o jardim de Sophia!
Lembro-me que estávamos nos meses das flores, numa manhã belíssima. O cheiro do ar inerente trazidos pelas brisas ligeiras, cujo perfume das flores, envolvia-nos naquele dia manso, nem tão frio, nem tão quente, providos de cores e de brilhos reluzentes... Apreciávamos cada momento de vasta beleza... Digo nós, embora não havíamos nos conhecido ainda, mas estávamos vivenciando a mesma sensação, o mesmo lugar e o mesmo momento.
- Que manhã linda! Maravilhosa! Disse baixinho.
Uma bela jovem, próximo a mim, olhou-me meio desconfiada e sorridente e me falou:
- Se “o maravilhosa” for por essa manhã, concordo. Agora se foi para mim: Obrigado!
Respondi com um sorriso, em sabor de caramelo:
- Acordei embebido pelo jardim de Sophia!
- Coincidência ou não me chamo Sophia e mais, procuro algo que me encante tal qual você se encontra... Posso me embriagar dessa alegria?
- Por que não? Venha comigo, vou te levar ao meu mundo da felicidade.
- Qual é o seu nome?
- Philo!
- Nome simpático, interessante... Algo me diz que vou gostar da sua companhia!
Sorri para ela e, encantado, pude ver seu rosto lindo e jovem a me contemplar. Seguimos conversando, eu tentando explicá-la detalhes sobre o fascínio e o encanto desse infinito paraíso, “o jardim deSophia”, e todo seu valor romântico, erudito e cultural...
Até que chegamos a uma praça. Víamos crianças brincando, correndo de um lado para o outro, casais enamorados, pássaros, árvores, flores, água, pessoas em civilidades, muita vida, tudo em plena harmonia.
A jovem estava atenta às minhas explicações, mas curiosa sobre minha pessoa.
- Afinal quem é você? Como sabe discernir cada multivivenca? Da onde vem tanto conhecimento?
- Sou o Amor, o Amante e o Amigo!
- Não entendi. O que significa tudo isso?
- Sente aqui comigo!
Apresentei-lhe algumas teorias, alguns pensadores da minha época e outros bem antes de mim, falamos de política e cidadania, fé e razão, homem e ciência, felicidade e educação.
Quando, de repente me peguei a cantarolar:
“... Estou nas palavras de Jesus, Buda e Maomé, sou o hoje, o amanhã e o ontem conservador... Sou criança, sou adulto, sou a cura do pagé, Sou o saber, sou a fonte, nas palavras de um professor...”
Naquele momento estávamos envolvidos pelo prazer da leitura. Aquela linda garota entregava-se mais e mais ao mundo encantado do conhecimento.
Continuei a explicar que o mundo gira em função da sabedoria humana, esta nos guiará sempre, fará enxergarmos o bem e o mau, falar de amores, fugir das dores, misturar sabores, conhecer valores, caminhar sobre as flores... Naquele instante nos abraçamos e, sem mais nem menos, beijamo-nos. Era o surgimento do amor.
Segundo o maior pensador da Grécia Antiga, Sócrates, enquanto existir Philo e Sophia “ Filosofia”  haverá o amor verdadeiro ao saber.
Nossos dias a partir de então foram completos. Cada gesto, cada palavra nos unia em amor e desejos. Passamos a buscar; conhecimentos, entendimentos, reflexões, leituras, experiências juntos.
Outro dia Sophia me perguntou?
- Philo, por que as pessoas são tomadas de ignorâncias? Por medo de conhecer a verdade, ou por desconhecer o medo de nada saber?
- A ignorância parte da pobreza da alma e somado ao medo e aos vícios faz inacessível conhecer a verdade e, sem verdade não pode existir sabedoria. Por isso canto aos quatro ventos:
“...Bem quisera viver sempre a pensar, e pensando, sigo feliz a cada dia,
Na sabedoria e na pureza de amar eternizado sou, no jardim de Sophia...”
Desde então, com a nossa união surgiu a Filosofia,  “ O amor ao saber”, “amante à sabedoria”  mãe de todas as ciências, conhecimento e ação, presente em todas as atividades do ser humano, tanto nos atos corriqueiros, singelos espontâneos, os quais realizamos sem compromisso a todo instante, quanto nas atitudes mais conscientes, mais comprometidas, que implica pensar mais profundamente sobre um determinado assunto; repensar, problematizar, duvidar, criticar, analisar, buscar o verdadeiro significado.
 
 

Autor: Sérgio Russolini
http://artigos.netsaber.com.br/artigos_de_sergio_russolini

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os Essênios

A Doutrina do Deserto


Eles respeitavam a vida acima de tudo, escreveram os mais antigos textos bíblicos e influenciaram o cristianismo. Com vocês, os essênios.

Por Rafael Kenski e Duda Teixeira

     Em 1923, o húngaro Edmond Szekely obteve permissão para pesquisar os arquivos secretos do Vaticano. Estava à procura de livros que teriam influenciado São Francisco de Assis. Curioso e encantado, vagou pelos mais de 40 quilômetros de estantes com pergaminhos e papiros milenares. Viu evangelhos nunca publicados e manuscritos originais de muitos santos e apóstolos, condenados a permanecer escondidos para sempre. De todas essas raridades, uma obra em especial lhe chamou a atenção. Era o Evangelho Essênio da Paz. O livro teria sido escrito pelo apóstolo João e narrava passagens desconhecidas da vida de Jesus Cristo, apresentado ali como o principal líder de uma seita judaica até então pouco comentada - os essênios. Szekely não perdeu tempo. Traduziu o texto e o publicou em quatro volumes. Sentindo-se traída pelo pesquisador, a Igreja o excomungou.
     Não foi uma punição tão grave. Considere o que aconteceu com o reverendo inglês Gideon Ouseley. Em 1880, ele achou um manuscrito chamado O Evangelho dos Doze Santos em um monastério budista na índia. O texto em aramaico - a língua que Jesus falava - teria sido levado para o Oriente por essênios refugiados.

Manuscrito achado no
Vaticano afirma que Jesus
era essênio e vegetariano

     Ouseley ficou eufórico e saiu espalhando que tinha descoberto o verdadeiro Novo Testamento. Afirmava que a Bíblia estava incorreta, pois Cristo era um essênio que defendia a reencarnação e o vegetarianismo. Se hoje essa tese soa estranha, dizer isso na Inglaterra vitoriana do século XIX era blasfêmia da pior espécie. Resultado: os conservadores atearam fogo na casa de Ouseley e o original foi destruído.
     O mistério que envolve esses dois textos e o tom místico que os descobridores deram aos seus achados acabaram manchando seu crédito diante dos historiadores. Além do mais, teorias exóticas sobre Jesus é o que não falta. Em 1970, o pesquisador inglês John Allegro, que já havia estudado os essênios, tentou provar que Jesus nunca havia existido e que teria sido uma alucinação coletiva causada pela ingestão de cogumelos. Por motivos óbvios, essa teoria não foi muito bem aceita pelos seus colegas cientistas. Segundo eles, Allegro entendia mais de cogumelos do que de Cristo.
     Para os historiadores, os essênios seriam até hoje uma note de rodapé na História se, em 1947, dois pastores beduínos não tivessem por acidente levado a uma das maiores descobertas arqueológicas do século. Escondidos em cavernas próximas ao Mar Morto, em Israel, 813 manuscritos redigidos pelos essênios entre 225 a.C.



     E o ano 68 da nossa era guardavam as mais antigas cópias do Antigo Testamento, calendários e textos da Bíblia. Perto das cavernas, em Qumran, estavam as ruínas de um monastério essênio e um cemitério com cerca de 1200 esqueletos, quase todos masculinos.
     O achado deu início a um longo e árduo esforço de tradução dos manuscritos por teólogos e cientistas de várias universidades no mundo. Milhares deles estavam em pedaços minúsculos, menores do que uma unha. "Hoje, 90% dos textos já foram transcritos", diz o teólogo Geza Vermes, da Universidade de Oxford, que pesquisa os manuscritos. O que já é suficiente para moldar uma imagem mais precisa da história, da doutrina, da crença e dos hábitos essênios, que ficaram séculos a fio esquecidos nas ruínas daquele monastério.
     O surgimento da doutrina essênia aconteceu em tempos conturbados. Os judeus viveram sob dominação de diversos povos estrangeiros desde 587 a.C., quando Jerusalém foi devastada pelos babilônios, habitantes da atual região do Iraque. Por volta do século II a.C., o domínio era exercido pelos selêucidas, um povo grego que habitava a Síria. A cultura helenista proliferava e a tradição hebraica sofria fortes ameaças. Para recuperar o judaísmo, os israelitas acreditavam na vinda do Messias que chegaria ao final dos tempos para exterminar os infiéis e salvar os seguidores da Bíblia. A chegada do Salvador poderia se dar a qualquer instante.
     Os mais ortodoxos seguiam tão à risca os preceitos religiosos e buscavam a ascese e a pureza com tal fervor que ficavam chocados com os hábitos mundanos dos gregos e a presença de leprosos, cegos, surdos e cachorros passeando pela cidade e pelos templos. Entre eles estavam os essênios. Um dia boa parte deles, liderados por um sacerdote, partiu para o Deserto da Judéia (atual Israel) para orar, meditar e estudar as leis sagradas. Longe, bem longe, de tudo o que eles consideravam impuro. Surgia assim o monastério de Qumran, uma das primeiras comunidades monásticas do Ocidente.
     A região escolhida para a construção do monastério é a de menor altitude no planeta -400 metros abaixo do nível do mar. As chuvas são raras e o mar é tão salgado que é impossível mergulhar nele, pois a enorme densidade da água mantém o banhista na superfície. Para prosperar, os bens individuais e as tarefas foram divididos entre toda a comunidade e regras de disciplina e de hierarquia foram instituídas. A presença de mulheres em Qumran, por exemplo, era proibida. Transgressões eram duramente punidas. A interpretação das leis e profecias cabia amestre da justiça, o mesmo sacerdote que teria guiado os essênios até Qumran. Ele era respeitado e cultuado por todos e logo virou uma entidade mítica. O guardião, por sua vez, presidia as refeições e decidia as questões a respeito da doutrina, justiça e pureza. Essa figura inspirou a formação da palavra grega "epis copus" (aquele que olha de cima), que foi a origem de "bispo".

Os monges do deserto
tinham obsessão pela
pureza e pela disciplina

     É possível conhecer o dia-a-dia dos essênios a partir do legado do historiador judeu Flávio Josefo (37-100). Aos 16 anos Josefo recebeu lições de um mestre essênio, com quem viveu durante três anos. Os membros da seita acordavam antes do nascer do sol. Permaneciam em silencio e faziam suas preces até o momento em que um mestre dividia as tarefas entre eles de acordo com a aptidão de cada um. Trabalhavam durante 5 horas em atividades como o cultivo de vegetais ou o estudo das Escrituras. Terminadas as tarefas, banhavam-se em água fria e vestiam túnicas brancas. Comiam uma refeição em absoluto silêncio, só quebrado pelas orações recitadas pelo sacerdote no início e no fim. Retiravam então a túnica branca, considerada sagrada, e retornavam ao trabalho até o pôr-do-sol. Tomavam outro banho e jantavam com a mesma cerimônia.
     Os essênios tinham com o solo uma relação de devoção. Josefo conta que um dos rituais comuns deles consistia em cavar um buraco de cerca de 30 centímetros de profundidade em um lugar isolado dentro do qual se enterravam para relaxar e meditar.
     Diferentemente dos demais judeus, a comunidade usava um calendário solar de 364 dias, inspirado no egípcio. O primeiro dia do ano e de cada mês caía sempre um uma quarta-feira, porque de acordo com o Gênesis, o Sol e a Lua foram criados no quarto dia. O calendário diferente trouxe vários problemas para os essênios. Outros judeus poderiam atacar o monastério no shabbath – o dia sagrado reservado ao descanso, no qual era proibido qualquer esforço, inclusive o de se defender.
     A correta observação das regras garantiria a salvação dos essênios quando chegasse o apocalipse, que seria a vitória dos puros “filhos da luz” contra os “filhos das trevas”. No mundo essênio, aliás, tudo era dividido segundo uma visão maniqueísta que tornava possível até mesmo determinar quantas porções de luz e de escuridão cada um possuía. Um sectário de dedos rechonchudos, coxas grossas e cheias de pêlos teria oito porções na casa das trevas para uma de claridade. No mesmo manuscrito, um outro membro obteve um placar mais favorável. Por ter olhos negros e brilhantes, voz suave, dentes alinhados, dedos longos e canelas lisas seu espírito foi condecorado com oito partes de luz para uma de trevas. Para os essênios, a beleza do corpo também era sinal de pureza espiritual.
     Graças a essa organização toda, Qumran produzia tudo de que precisava. A dieta era vegetariana. Os essênios tinham um enorme respeito pela natureza. Nenhum homem poderia sujar-se comendo qualquer criatura viva. A regra permitia uma única exceção. Eles podiam comer peixe, desde que fosse aberto vivo e tivesse seu sangue retirado. As refeições eram frugais, com legumes, azeitonas, figos, tâmaras e, principalmente, um tipo muito rústico de pão, que quase não levava fermento. Eles possuíam pomares e hortos irrigados pela água da chuva, que era recolhida em enormes cisternas e servia como bebida. Além dela, as bebidas essênias se resumiam ao suco de frutas' e "vinho novo", um extrato de uva levemente fermentado. No shabbath, os sectários deveriam passar o dia inteiro em jejum. Os hábitos alimentares frugais e a vida metódica dos essênios garantiam-lhes uma vida saudável. Segundo Josefo, muitos deles teriam atingido idade extraordinariamente avançada.



As cavernas de Qumran, em Israel, onde beduínos encontraram,
em 1947, os mais antigos textos bíblicos de que se tem notícia

     A água também era canalizada para os banhos rituais, que eles tomavam duas vezes ao dia para se redimir dos pecados e das impurezas do corpo. O ritual consistia em relatar todas as faltas e então submergir. "Essa prática influenciou o batismo e a confissão dos católicos", diz a historiadora Ruth Lespel, da Universidade de São Paulo. Outro ponto em comum entre os essênios e o catolicismo seria a figura de São João Batista, o profeta que batizou Jesus Cristo. O santo promovia batismos no Rio Jordão numa região próxima a Qumran.
Sua postura messiânica era muito próxima à dos essênios. Há quem acredite que, quando foi batizado, Jesus teria visitado o monastério e sido influenciado por sua doutrina.
     Há outras relações entre essênios e cristãos. "Existem passagens dos Manuscritos do Mar Morto, aqueles encontrados em 1947 nas cavernas de Qumran, que soam como as do evangelho cristão", afirma James Vanderkam, da Universidade de Notre Dame, Estados Unidos. Traços da doutrina dos primeiros seguidores de Jesus - como o elogio de uma vida humilde, a proibição do divórcio e a invocação a Deus como um pai - têm ressonância na fé de Qumran. "É possível que essênios e cristãos tenham entrado em contato", diz o cônego Celso Pedro da Silva, do Mosteiro da Luz, em São Paulo.
     Quanto a Jesus Cristo, apesar das descobertas e polêmicas levantadas por Ouseley e Szekely, não há nos manuscritos encontrados nas cavernas do Mar Morto uma única menção a ele. É por isso que o maioria dos pesquisadores duvida da teoria de que Jesus tenha se aproximado dos essênios. "Não existe nenhuma evidência concreta disso", diz o historiador Nachman Falbel, da USP Para o exegeta Valmor da Silva, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Jesus pode ter recebido influência das mais diversas correntes do judaísmo, inclusive deles. "Mas não dá para garantir que ele tenha freqüentado uma de suas comunidades".

     Afirmar que Jesus se alimentava apenas de vegetais é ainda mais complicado. "Eu duvido muito que Cristo tenha sido vegetariano, pois ele celebrou a páscoa judaica, que envolve alimentos como ovo, patas de cordeiro e frango", diz Vanderkam. Fernando Travi, líder da pequena igreja essênia do Brasil, tem um ponto de vista oposto ao de Vanderkam. "Cristo pregava o amor a todos os seres vivos e não matava animais para aliviar a sua fome", afirma. Assim como ele, os seguidores de Szekely e Ouseley duvidam da veracidade das passagens do Novo Testamento em que Jesus se alimenta de carne. Eles acreditam que essas histórias não passam de invenções criadas pelo apóstolo Paulo, já na segunda metade do século I. A doutrina do vegetarianismo não seria bem recebida pelos judeus, acostumados a fazer sacrifícios e a comer carne, e Paulo teria modificado os evangelhos para tornar o cristianismo mais popular. Um exemplo dessas alterações estaria na passagem do Novo Testamento em que Jesus multiplica pães e peixes para alimentar uma multidão. O Evangelho dos Doze Santos, encontrado por Ouseley traz uma outra versão desse milagre, na qual os peixes são substituídos por uvas.
     No ano de 68 o monastério de Qumran foi aniquilado numa devastadora investida do exército romano que arrasou a Judéia e destruiu Jerusalém. O ataque era dirigido principalmente aos judeus zelotes, que se insurgiram contra o domínio romano. Qumran, que não era nenhuma fortaleza, foi presa fácil para as legiões do César. Mas nem todos os essênios morreram aí. Alguns fugiram para Massada onde, aí sim, no ano de 73, descobriram o que é um final trágico. O esconderijo, uma fortaleza zelote ao sul de Qumran, localizada no alto de uma colina, parecia impenetrável. Mas 15000 romanos fizeram um cerco que durou dois anos e metodicamente construíram uma rampa de terra e areia para alcançar o topo da fortaleza. Quando os soldados finalmente invadiram Massada tiveram uma surpresa: todos os 1000 rebeldes estavam mortos. Em um sorteio, os zelotes haviam escolhido um grupo de soldados para assassinar todos os habitantes da fortaleza e, em seguida, cometer suicídio. Eles preferiram morrer entre os judeus a se tomar escravos dos romanos. Sobraram para contar a história apenas duas mulheres e cinco crianças, que haviam se escondido nos reservatórios de água. O episódio foi relatado por Josefo e provou ser verdadeiro em 1965, quando arqueólogos pesquisaram a região. Eles acharam as marcas dos oito acampamentos romanos e peaços de cerâmica com inscrições dos nomes dos zelotes, utilizados no dramático sorteio.



Filosofia enterrada na areia
Um pouco antes de um ataque romano destruir o monastério
de Qumran, os essênios esconderam seus manuscritos em
potes de cerâmica e os enterraram em cavernas

     Segundo Josefo, os essênios existiam em grande número em diversas cidades da Judéia. Mas algumas variações da seita podem ter ocupado regiões ainda mais distantes. Uma comunidade egípcia do século 1, os terapeutas, possuía um modo de vida semelhante ao da seita de Qumran e a mesma divisão entre luz e trevas. Também é possível que ebionitas e nazarenos, duas das primeiras seitas cristãs, sejam descendentes dos essênios. Há quem acredite que os nazarenos formaram uma grande comunidade em Monte Carmel, no norte da Israel atual, que seguia os ensinamentos de Qumran, mas com algumas diferenças. As regras seriam muito próximas daquelas encontradas nos escritos de Szekely e Ouseley. Ao contrário de Qumran, eles não praticavam o celibato e até mesmo formavam famílias. Fanáticos pelo princípio de amar todos os seres vivos, eram muito mais rigorosos em relação ao vegetarianismo: não comiam peixes nem matavam os vegetais para comer (comiam folhas de alface, por exemplo, sem arrancar o pé!).

Para os essênios, as
refeições devem ser uma
Comunhão com Deus


     “Eles viviam em tendas, que mudavam Del lugar freqüentemente, pois construções permanentes matariam a relva”, afirma Fernando Travi. Ele acredita que Jesus, apesar de ter passado por Qumran, viveu muito mais tempo em Monte Carmel. A região em que teria existido essa comunidade está próxima ao local em que Jesus nasceu e realizou muitos de seus milagres. Afirma também que Cristo não era conhecido como “Jesus de Nazaré”, mas sim como “Jesus, o Nazareno”.
Algumas dessas comunidades essênias existem, de certa forma, até hoje.

A Filosofia Essênia


     Szekely pesquisou o pensamento dos essênios durante toda a vida. Uma de suas principais obras é a tradução de um manuscrito encontrado em 1785 pelo historiador francês Constantine Volney em viagens pelo Egito e pela Síria. É um diálogo entre Josefo e o mestre essênio Banus a respeito das leis da natureza. Eis alguns trechos:
Bem - Tudo aquilo que preserva ou produz coisas para o mundo, como "o cultivo dos campos, a fecundidade de uma mulher e a sabedoria de um professor".
     Mal - O que causa a morte, como a matança de animais. Por esse motivo, o sacrifício de bichos, mesmo que para a alimentação, é condenável.
     Justiça - O homem deve ser justo porque na lei da natureza as penalidades são proporcionais às infrações. Deve ser pacífico, tolerante e caridoso com todos, "para ensinar aos homens como se tornarem melhores e mais felizes".
     Temperança - Sobriedade e moderação das paixões são virtudes, pois os vícios trazem muitos prejuízos à saúde.
     Coragem - Ela é essencial para "rejeitar a opressão, defender a vida e a liberdade".
     Higiene - Uma outra virtude essencial dos essênios é a limpeza, "para renovar o ar, refrescar o sangue e abrir a mente à alegria".
     Perdão - No caso de as leis não serem cumpridas, a penitência é simples. Banus afirma que, para se obter perdão, deve-se "fazer um bem proporcional ao mal causado".

     Na região sul do Iraque e do Irã, cerca de 38000 pessoas, os mandeans, mantêm uma tradição muito semelhante à doutrina essênia. Eles afirmam ser seguidores de João Batista e praticam o batismo. Sua origem, no entanto, ainda não é de todo compreendida.
     No Ocidente, o essenismo surgiu com a divulgação dos escritos de Szekely e Ouseley. Na sua época, Szekely quase abandonou seus planos de difundir a doutrina quando a tradução rigorosa e detalhada que fez do segundo volume do Evangelho Essênio da Paz não contou com a aprovação de um amigo seu, o escritor Aldous Huxley, autor de Admirável Mundo Novo. "Isto está muito, muito ruim", disse-lhe Huxley, "é até pior do que o mais chato dos tratados enfadonhos dos escolásticos, que ninguém lê hoje em dia". Szekely ficou sem fala. Huxley continuou: "Faça-a literária, legível e atraente para os leitores do século XX. Tenho certeza de que os essênios não falavam uns com os outros em notas de pé de página". A critica abalou Szekely e ele pôs de lado o trabalho durante muito tempo. Mas, anos mais tarde, seguiu o conselho do amigo e reescreveu o manuscrito inteiro em linguagem contemporânea, mais coloquial. Foi um sucesso. O livro, publicado em 1928, já foi traduzido para dezenas de línguas e vendeu milhões de exemplares em todo o mundo. Com o respaldo editorial, Szekely construiu em 1940 um spa no México onde praticava tratamentos com base nas práticas essênias. Cerca de 350.000 pessoas já se hospedaram no chamado Rancho La Puerta nos seus sessenta anos de existência. Até hoje, muitas pessoas vão ao lugar em busca de um estilo de vida baseado nos ensinamentos de Szekely, que inclui exercícios, meditação e, principalmente, dieta vegetariana.
     A alimentação possui um papel central na doutrina encontrada nos evangelhos de Szekely e Ouseley. Ao afirmarem que Jesus era frugívero, ou seja, que ingeria apenas alimentos que não significavam a morte de nenhum ser vivo, como folhas e frutos, eles pregam que as refeições devem ser um momento de compaixão e comunhão com Deus. O contato com a natureza é essencial. Tanto que os novos essênios possuem uma planta em todos os cômodos da casa.
     Os essênios permanecem como um assunto vivo. Os pergaminhos e evangelhos que eles deixaram são exaustivamente estudados por cientistas e religiosos do mundo inteiro. Seus ensinamentos recrutam milhares de fiéis e, qualquer que seja a relação que mantiveram com Cristo, deixaram, sem dúvida, sua influência impressa no coração e na mente do cristianismo.

Os Essênios Hoje


     Em 1984, o teólogo e filósofo americano Abba Nazariah fundou a Igreja Essênia de Cristo na cidade de Creswell, no Estado do Oregon, Estados Unidos. Tudo começou em 1966, quando tinha apenas 8 anos de idade. Naquele ano, Abba, que então se chamava David Owen, teria recebido a visita de Jesus Cristo, que, em carne e osso, teria lhe passado a missão de preparar a sua segunda vinda à Terra. Mais tarde, com 17 anos, Owen teria encontrado um egípcio de nome Zadok pedindo carona numa estrada da Califórnia, sentado na posição de lótus-a mesma do Buda. Ele afirmava ser um essênio e acabou ajudando Owen a formar a nova igreja.


Abba Nazariah


     Desde então, Abba (o nome significa "pai" em aramaico) tem professado sua teoria e recrutado muitos seguidores. Seus adeptos vivem hoje de acordo com os ensinamentos contidos nas obras de Szekely e Ouseley. Diferentemente dos antigos habitantes da Judéia, os fiéis de hoje não habitam monastérios, mas, assim como os que os precederam, estudam com rigor as escrituras sagradas e reservam o shabbath ao descanso e às orações.
     Os novos essênios são despojados. Vestem-se de branco, usam barba longa e cabelos que em alguns casos tocam o chão. Pregam uma vida saudável que passa por uma dieta absolutamente vegetariana e por exercícios espirituais. Fazem relaxamentos, meditações e preces. O reverendo Abba Nazariah foi treinado em várias técnicas de Yôga, com especial ênfase no que considera a mais holística e compreensível de todas, a ioga essênia - uma união de dezesseis modalidades da prática indiana. "A saúde depende do amor por todos os seres. Inclusive pelos animais", diz o líder dos essênios americanos.
     Segundo a Igreja Essênia de Cristo, depois de dez anos de constante aperfeiçoamento, os féis se tornam aptos a receber a visita de Jesus. Eles também acreditam em reencarnação. Para o psicólogo paulista Fernando Travi, líder da igreja essênia no Brasil, "todas as pessoas iniciadas estão aptas a conhecer suas vidas passadas".
     As atividades no Brasil são mais modestas. Elas se resumem a reuniões semanais para discutir a doutrina essênia e formas de melhorar a saúde de acordo com os evangelhos de Ouseley e Szekely. "Os essênios ensinam a nos relacionarmos melhor com a natureza e com o Cosmo", afirma Travi.

Artigo retirado da revista Super Interessante / agosto de 2000

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ser Mago


O que é ser Mago?

Mágico é trabalhar com o invisível.
Mágico, hoje, é ter respeito humano.
É ver o destino nos astros. É saber cuidar do corpo, da mente e do espírito.
É montar um ritual para a vida, conhecer o oculto, harmonizar-se com a natureza.
É ser gente das estrelas amando a Terra.
É amar a todos e ser amado por todos.
Isso é a magia do ser!
E todos podem ser magos, mas nunca será mago o desequilibrado e nem o que cultiva o desamor.
Não é mago o empresário que tem escravos em vez de colaboradores.
Não é mago o governante corrupto, nem o racista, nem o que destrói a natureza, nem o repórter que dá palpite sobre o que não conhece, nem o médico que busca a riqueza pela medicina.
Mago é o cientista de mente aberta, o jornalista que apenas informa.
Mago é o pacífico e o que é justo.
Mágico é curar com os cristais, com as cores, com as plantas, com as flores ou só com as mãos.
É trabalhar com terapias alternativas.
É ter um contato com o Cosmos, manter esse contato e saber fazer outros entrarem em contato.
Mago é o pesquisador que persegue a cura da doença.
Mago é o que consegue ver a sua própria realidade antes de buscar descobrir os segredos da realidade das estrelas.
Mágico é viver pela eternidade, mas conseguir receber aqui mesmo os tesouros que as traças não comem.
Mágico é encontrar a alma gêmea e viver o amor eterno.
É a coragem de ser pioneiro, sonhar e trabalhar pela utopia da Nova Era.
Mágico é descobrir, compreender, aceitar e vivenciar que Deus está dentro de você.
Magia é a iniciação.
É deixar de ser alienado e descobrir que bem e mal não existem, são as escolhas que você faz todos os dias que te tornam mais próximo da divindade.
É ter coragem de se olhar no espelho e encarar você mesmo, sem medo de sua sombra.
Mágico é lembrar-se de comprar dois pães em vez de um. É saber sempre dividir, ser sempre "nós" ao invés de "eu sozinho", porque na magia somos todos irmãos.
Mágico é proteger as crianças, porque elas são o futuro de nosso planeta.
É não ter medo de quebrar as algemas.
É o saber. É a luz do conhecimento.
É o bom livro, uma boa música e o velho e bom incenso.
Mágicas são as artes.
Mágico é ajudar.
Ser mago não é só saber fazer de vez em quando um ritual mágico, é fazer do dia-a-dia um ritual de amor!
Ser mago é destruir os castelos de areia do equívoco e da fantasia e ser o arquiteto da base sólida da casa humilde da verdade.
Ser mago não é julgar, mas providenciar o espelho e ter respeito de deixar quem precisa sozinho consigo mesmo, para que possa enfrentar sua sombra.
Ser mago é saber guardar silêncio no momento delicado e nunca dar as costas a quem busca conhecimento.
Os dogmas não são mágicos, nem querer que as pessoas tenham fé cega é magia.
Ser mago é mostrar o caminho da certeza de cada um.
Mágica é a religião que não tem regras, nem promessas e nem ameaças, porque para se amar é preciso ser livre. Alguém "amarrado" e assustado não pode amar plenamente.
Mago é o que tem poder "para" e não poder "sobre" algo ou alguém.
Magia negra é não ter respeito por tudo e por todos.
Magia pura é descobrir que o poder maior está no amor.

Acredito e concordo plenamente...
Cazarin

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Horóscopo Egipcio

O sábio Imhotep inventou o calendário egípcio, no ano 2769 antes de Cristo, que era parecido com o que usamos hoje. O ano egípcio iniciava quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos primeiros faraós, e que no nosso calendário corresponde ao dia 16 de julho.

A partir do calendário de Imhotep, os astrólogos egípcios criaram um Zodíaco divido em 12 signos, correspondentes aos doze meses do ano.

Cada signo é representado por um deus; cada divindade regendo durante um tempo e vibrando suas características próprias sobre as pessoas nascidas sob um determinado signo. 


BASTET, A DEUSA GATA DO PODER

16 de Janeiro a 15 de Fevereiro

Signo ocidental correspondente: Aquário.

Esses nativos são intelectualmente activos, assimilam e entendem sobre todos os assuntos com facilidade. São independentes, emotivos e instáveis nos sentimentos, sofrendo algumas depressões.

Os filhos de Bastet são estranhos e traiçoeiros quando não estão resolvidos internamente.

São excêntricos e apaixonados por aventuras perigosas. Têm uma imaginação surrealista. Podem ser actores, escritores, médicos, professores e advogados.
Sabem conduzir uma conversa em grupo, despertando admiração a atenção de todos.

No amor são criativos, dotados de mistério e misticismo, costumando sentir o parceiro de forma aguçada. Os jovens preferem "ficar", em vez, de assumir compromissos.

Sexualmente, são fogosos e gostam de carícias diferentes. Seus pontos são os lábios e os tornozelos.

Na saúde, os nativos podem ter problemas digestivos ou nas vias respiratórias. Tendência ainda à artrite, dores na coluna e alguma disfunção glandular.

DICAS:

Dia da semana: Segunda-feira
Número: 9
Cor: azul
Flor: margarida
Pedra preciosa: quartzo branco


TAUERET, A DEUSA DA FERTILIDADE

16 de Fevereiro a 15 de Março

Signo ocidental correspondente: Peixes.

Os nativos que recebem influências da deusa Tuéris têm grande sensibilidade. Aparentam tranquilidade e timidez. São super-intuitivas, têm fortes premonições e inspirações misteriosas.

Os nativos são afectuosos, sinceros, compreensivos e justos. Quando exercem o lado negativo da personalidade são mentirosos, preguiçosos e agressivos. O filho de Tuéris, deve escolher bem as amizades para não se decepcionar mais tarde. Adoram brincar, imitar, criar. São divertidos, quando, bem-humorados.

Podem seguir as seguintes profissões: actor, médico, enfermeiro, professor e de economista.

A vida afectiva é de altos e baixos, pois idealizam demais os parceiros. São sedutores e podem ter vários casamentos.

A saúde dos nativos é delicada. Propensão a problemas na vesícula, males do estômago, problemas nos pés e na coluna. As crianças regidas pelo signo de Tuéris são tranquilas de serem educadas. Na infância, precisam de afecto e atenção, para que, mais tarde, não fiquem complexadas.

DICAS:

Dia da Semana: Quinta- feira
Número: 5
Perfume: sândalo
Flor: rosa
Metal: prata e estanho
Pedra preciosa: ametista


SEKHMET, A DEUSA LEOA DA FORÇA E DA GUERRA

16 de Março a 15 de Abril

Signo ocidental correspondente: Peixes e Áries.

São líderes natos, optimistas, idealistas e persistentes. Têm vitalidade, força de carácter. Mente ágil, tendência a agressividade, mas sabem controlar-se.

Estes nativos são magnéticos, atraindo com facilidades amigos e amores. Podem exercer qualquer cargo de chefia e profissões esportistas. Têm espírito competitivo.

Apaixonam-se com facilidade. Adoram ser acariciados na nuca e na cabeça.

As mulheres são práticas, sinceras e sujeitas a crises de ira, que passam rapidamente.

Os homens são atraentes, o temperamento aventureiro e, em alguns nativos, a infidelidade é uma constante.

Na saúde, costumam sofrer dores de cabeça, seu aparelho digestivo é delicado, bem como o aparelho respiratório, sendo sujeitos a asma, enfisema pulmonar e bronquite.

Na infância, são crianças arteiras, alegres e indóceis.
Têm uma intuição maravilhosa. Não gostam de receber ordens, entrando em conflitos com os pais.

DICAS:

Dia da semana: Terça-feira
Números: 1 e 5
Cor: vermelho
Flor: violeta
Metal: ferro
Perfume: alfazema



PTAH, O CRIADOR UNIVERSAL

16 de Abril a 15 de Maio

Signo ocidental correspondente: Áries e Touro.

Como existe uma combinação de Áries e Touro no zodíaco Egípcio temos uma dupla influência no protegido por Ptah.

Os nativos são corajosos, impulsivos e temidos. São persistentes, teimosos e materialistas. Adoram conforto, objectos com designer moderno e, quando podem, compram os últimos lançamentos na área de informática. Viagens a trabalho ou lazer fazem parte da vida do nativo.

Possuem boa resistência física, e oscilam entre a calma e a impaciência.

No amor, são sensuais, de sexualidade intensa; o contacto com a pele é fundamental para os nativos. Terão muitos amores e uniões durante a vida.

As mulheres são independentes, activas, femininas e vaidosas. Gostam de crianças e preservam a ligação com a família. Atraem homens com facilidade.

Os homens desse signo são comodistas, bem informados, amam o conforto. São bons pais e bons maridos. Quando felizes no casamento serão fiéis, amigos e protectores.

Na infância são fortes, tenazes e sensuais desde cedo. São gulosas e, para educá-las bem, é preciso pulso forte pois, os filhos de Ptah são teimosos.
Na saúde, têm boa recuperação física e uma leve tendência a obesidade, pois gostam de comer bem e são um pouco preguiçosos para fazerem ginástica.

Devem tomar cuidado com acidentes na cabeça, amigdalites, dores na coluna cervical, insuficiência renal e hepática.

DICAS:

Dia da semana: Terça-feira e a Sexta-feira
Números: 1 e 8
Cores: vermelho-claro e o azul em todos os tons.
Flor: girassol
Perfume: sândalo e a verbena.
Pedra preciosa: olho-de-tigre



TOTH, O VERBO - O CRIADOR DA COMUNICAÇÃO,
DA LINGUAGEM ESCRITA E FALADA
16 de Maio a 15 de Junho

Signo ocidental correspondente: Touro e Gémeos.

Como a flor de lótus, os filhos de Toth são sensíveis, sensitivos e intelectuais. São firmes nas decisões, determinados a vencer obstáculos.

Não gostam de ser pressionados tanto no trabalho como no amor.

Adoram novidades, são bem informados, alguns são escritores, jornalistas ou radialistas. Sabem lidar com a terra, as flores, os frutos. Alguns conquistam bons amigos, outros sãos bruscos e francos demais, afastando os contactos. São possessivos, têm medo de perder seus bens ou não se aventuram em novas oportunidades quando não sentem segurança.

Excelentes colaboradores, enfrentam a vida com coragem. Este tipo misto, que nasce sob a protecção do deus Toth, é aberto a opiniões e sabe reconhecer os próprios erros. Sua atitude é calorosa e alegre ao reencontrar um amigo. O seu nervosismo o impede de ocupar-se por muito tempo no mesmo assunto.

Não fazem diferença entre uma relação afectiva e uma atraccão física. Esta última constitui para os nativos uma importante motivação. Não se ligam com facilidade a outras pessoas, mas quando isso acontece são capazes de fazer sacrifícios pelo parceiro.

Na saúde têm o sistema nervoso frágil e precisam de esporte para aliviar a pressão do dia a dia. Há tendências a terem problemas nos rins, nos órgãos genitais, garganta e boca. A coluna vertebral será sempre um ponto delicado.

As crianças são quietas, tímidas, pensativas, gostam de brincar sozinhas. Amam a natureza, os animais a liberdade.

DICAS:

Dia da semana: Quarta-feira
Números favoráveis: 5 e 6
Cores: verde-claro e o azul em todos os tons
Perfume: verbena
Pedras preciosas: turquesa ou esmeralda


ÍSIS, A GRANDE MÃE CÓSMICA

16 de Junho a 15 de Julho

Signo ocidental correspondente: Gémeos e Câncer.

Quem nasce sob o signo de Ísis é sensível e tem dons telepáticos.

Adoram desafios; são simpáticos, de espírito maternal e são espertos nos negócios. Manipulam as pessoas com seu jeito de criança e fala mansa conseguindo atingir os seus objectivos.

São ambiciosos, criativos e divertidos. Têm diplomacia e sabem acalmar situações tensas.

São instáveis, especialmente na Lua Cheia e no Quarto Crescente, mudando de opinião ou ideais.

O passado é sempre presente nas lembranças dos nativos. Não gostam de ser criticados.

Alguns filhos de Ísis costumam viver longe de seus pais e irmãos e formam uma família com pessoas estranhas, a quem amam e se integram com elas. Adoram os filhos. São românticos, gostam de arte e música.

São carentes e precisam alguém mais forte que os proteja. No amor, são apaixonados e desconfiados, exigindo atenção o tempo todo. Sua imaginação os faz muito teatrais e vivem os seus próprios dramas interiores. São reservados, ciumentos e possessivos. São muito carinhosos e atenciosos com os filhos.

Na saúde a parte mais sensível é o estômago e os intestinos. Quando estão muito nervosos, suas mãos tremem.

As filhas de Ísis são férteis e devem tomar cuidado com o aparelho reprodutor. Homens e mulheres deste signo são sujeitos a terem hemorróidas internas e externas.

DICAS:

Dia da semana: Segunda-feira e Quarta-feira
Número: 5
Cor: o branco, o prateado e o lilás
Perfume: rosa e lírio
Metal: a prata


RÁ, O DEUS-SOL

16 de Julho à 15 de Agosto

Signo ocidental correspondente: Leão.

Força, vitalidade e acção fazem parte das qualidades dos protegidos de Rá. São vaidosos, falantes, adoram aplausos. Nos palcos, da vida gostam de representar papéis de destaque. Veja bem, desde pequenos são irreverentes, brigões e autoritários. É importante paz e tranquilidade, dos pais, para acalmar esses nativos, nos momentos de ira. Educá-los com carinho e compreensão é o caminho. Não gostam de ser contrariados e repreendidos na presença de estranhos.

São sensuais, generosos e sinceros. São instáveis nas amizades quando se sentem desvalorizados pelo outro. Precisam ser o centro das atenções.
Criatividade, humor e intuição não faltam.

Transformam do nada, alguma coisa inusitada. Geralmente vencem na vida porque são ambiciosos.

Inteligentes, indagadores e estudiosos podem exercer carreiras de destaques como: artistas, escritores, músicos, médicos, engenheiros, banqueiros e tendência para a política.

Os nativos de Rá se apaixonam de forma rápida e com intensidade. Adoram carinhos nas costas, na região da coluna e as coxas são pontos erógenos.
Na saúde o ponto fraco é o coração, podendo ter problemas cardíacos se abusarem no ritmo de vida. Outros pontos vulneráveis são dores na coluna e no estômago, devido ao nervosismo.

DICAS:

Dia da semana: Domingo
Número favorável: 1
Cores: amarelo e dourado.
Flores: rosa amarela e girassóis.
Metal: ouro
Pedra preciosa: crisólita amarela.


NEIT, A DEUSA DA CAÇA

16 de Agosto a 15 de Setembro

Signo ocidental correspondente: Virgem.

Os protegidos da Deusa Neit tem uma grande agilidade mental, são simpáticos e sinceros nas críticas. Na infância, são precoces, sensíveis e inteligentes. Gostam de estudar, mas não gostam de ser cobrados ou pressionados.

Alguns nativos ficam tímidos e inseguros quando testados. Os regidos por Neit têm tendência a relembrar fatos que não levam a nada. Pensam muito antes de tomar decisões.
Não gostam de intrigas, invejas ou fofocas no trabalho, na família ou no relacionamento pessoal.

Geralmente, os nativos são disciplinados e organizados quando desenvolvem qualquer tipo de trabalho. São carentes e necessitam atenção. Não costumam esquecer ofensas.

No amor são honestos, amigos e de confiança; só depois de muita intimidade se soltam nas relações. Neit é uma Deusa que gosta de liberdade, tem dificuldade de se adaptar à rotina do casamento.
Profissionalmente, pode ser bom médico, professor, analista de sistema ou artista.

Para despertar a sensualidade, nos nativos da deusa Neit, é importante uma relação alegre e espontânea. Isso os ajuda a relaxar porque, na maioria, das vezes, são tensos e nervosos. Suas áreas sensíveis são a parte interna das coxas, atrás dos joelhos e no próprio sexo.

Na saúde estão sujeitos a esgotamento nervoso e períodos de depressão. Pontos sensíveis: estômago e intestinos. Têm vida longa.

DICAS:

Dia da Semana: Terça-feira
Número favorável: 5
Cores: coral e o prateado
Flores: lírio branco e lírio amarelo
Metal: a prata
Pedras preciosas: coral e esmeralda


MAAT, A DEUSA DA VERDADE

Período: 16 de Setembro a 15 de Outubro

Signo ocidental correspondente: Libra – Balança.

Harmonia, beleza, elegância são qualidades dos regidos pela Deusa Maat. A nobreza de espírito e o senso inato de justiça fazem parte da personalidade do nativo.

São diplomatas e não gostam de ser indelicados ou tratados com grosserias. São avessos a violência, teimosos e firmes em suas opiniões.

Comunicam-se bem com o público. Gostam de leitura, de artes, de bons restaurantes, de dançar, namorar ou paquerar sem compromisso.

São sensíveis ao meio ambiente. Sabem viver de forma simples e adaptam-se as situações difíceis se for necessário.

Os que nascem sob a protecção de Maat são calmos e tranquilos. São místicos, gostam de natureza, da poesia e música. Sabem fazer amizades e procuram conservá-las. Em geral, casam cedo. Tanto os homens e as mulheres desse signo são muito sensuais. Suas paixões são violentas e curtas. Adoram carinhos nas regiões das coxas e os órgãos genitais. Gostam de jogos amorosos.

Nem sempre a situação financeira dos nativos de Maat é estável. Devem tomar cuidado com contratos, empréstimos, sociedades ou casamentos.
Os órgãos que exigem maior atenção são os rins, a coluna e o sistema nervoso. Cuidado com os diabetes.

DICAS:

Dia da Semana: Sexta-feira
Número favorável: 6
Cor: azul.
Flor: rosa
Pedras preciosas: diamante e o lápis-lazúli


OSÍRIS, O DEUS DA ETERNA RENOVAÇÃO

Período: 16 de Outubro a 15 de Novembro

Signo ocidental correspondente: Escorpião.

Existe um ar de mistério e sedução nos nativos do signo de Osíris. Sensíveis e intuitivos, bem orientados internamente, podem adquirir a sabedoria dos magos. Desde pequenos são ciumentos e possessivos. Estas crianças são autoritárias e impacientes.

 Possuem a virtude da coragem, estabelecem metas de conquistas, tanto profissionais como afectivas. São investigadores e curiosos, querem estar sempre por dentro dos fatos. Se traídos são vingativos. Os protegidos de Osíris têm poder de decisão e amor à liberdade. É um amigo forte, mas quando ferido torna-se um inimigo implacável.

No amor são sensuais e ciumentos, gostam de aventuras rápidas e sexualmente são intensas.

As zonas de prazer são a boca e os órgãos genitais. Na saúde, os homens devem tomar cuidado com inflamações na próstata e, as mulheres, com problemas no útero e no ovário. A garganta é um órgão sensível para os nativos. Podem trabalhar como engenheiros, arquitectos, médicos ou cirurgiões e ocultistas.

DICAS:

Dia da Semana: Quinta-feira
Número favorável: 9
Cor: violeta
Flor: cravo branco
Pedra preciosa: esmeralda

HATHOR, DEUSA DO AMOR E DO MISTÉRIO

16 de Novembro a 15 de Dezembro


Signo ocidental correspondente: Sagitário.

A deusa Hathor influencia seus filhos a serem ambiciosos, espertos e audaciosos. Muito inteligentes, são dinâmicos no trabalho, francos e directos na comunicação com as pessoas. Adoram conforto e viajam sempre quando podem. Gostam de ter animais de estimação em casa.

No amor são atirados e conquistadores, às vezes prometem muito e não cumprem as promessas. Geralmente, se apaixonam por pessoas, com estilo de ser diferente ou que têm presença marcante. Adoram serem tocados em todas as partes do corpo.

Os homens deste signo sofrem altos e baixos na vida. Têm uma boa intuição nos negócios, escapando de problemas financeiros.

Na saúde, os pulmões são pontos frágeis; costumam sentir dores na coluna dorsal e cervical.

DICAS:

Dia da semana: Quarta-feira
Número: 3
Cor: azul
Flor: rosa amarela e lírio.
Perfume: sândalo.
Pedras preciosas: quartzo rosa e quartzo verde



 ANUBIS, O GUARDIÃO DOS MORTOS –
O GUIA DAS ALMAS E SENHOR DO TEMPO
16 de Dezembro a 15 de Janeiro

Signo ocidental correspondente: Capricórnio.

Força de vontade, persistência e teimosia são características dos filhos de Anúbis. São exigentes, confiáveis e ambiciosos. A expressão, muitas vezes séria, mostra um temperamento reservado. Gostam de privacidade e, às vezes, se distraem com os próprios pensamentos. Muitos dos nativos não abrem o jogo do que realmente pensam.

Alcançam suas metas através de muito trabalho. A estabilidade financeira chega após os 40 anos, a não ser que recebam uma herança.

Os protegidos de Anúbis são inteligentes, sagazes e, profissionalmente, se adaptam bem a área de medicina, jornalismo e engenharia.

No amor são companheiros, inquietos, sedutores e volúveis. As mulheres ou os homens desse signo, podem ter a oportunidade de casar duas vezes. Gostam de se vestir com elegância. Praticam esportes e ginástica. São bem informados, lêem sobre todos os assuntos.

Na saúde, os resfriados e infecções devem ser cuidados com cautela. Alimentação deve ser sempre sadia, pois o nativo pode ter problemas de digestão. Os joelhos e as pernas são pontos sensíveis.

DICAS:

Dia da Semana: Sábado
Número: 8
Cores: cinza, verde-claro e marrom.
Flor: crisântemo
Pedra preciosa: ónix



Fonte