domingo, 12 de agosto de 2012

Os dez mandamentos do fazedor de Milagres

Adaptado de Paul Pearsall - Making Miracles - Simon & Schuster - New York

1 - Estamos livres das limitações impostas pelo tempo e pelo espaço linear e local. Os pensamentos, os sentimentos e o amor podem produzir os seus efeitos de uma vez em qualquer tempo e em qualquer lugar. O princípio científico da não-localidade prova a realidade da ação instantânea. Os milagres podem ser feitos subitamente e produzir os seus efeitos em todas as partes ao mesmo tempo. Seja reverente com seu espírito livre, imanente em todo o Cosmos.

2 - Criamos o nosso mundo com base nos fatos, no momento e no modo como decidimos interpretar os acontecimentos da nossa vida. O princípio científico da influência do observador prova que os observadores fazem o mundo tal como é. Criamos os nossos milagres usando uma visão do mundo que está além do alcance de nossa vista - mas disponíveis para a nossa visão da alma. Reconheça o poder transformador de suas percepções.

3 - Vivemos num universo de paralelos. Sempre existe um lado oposto em todo acontecimento, sentimento, medo e esperança. O princípio científico da complementaridade prova que somos energia e massa, onda e partícula, protuberâncias e vórtices de matéria e saltos e emanações de energia. Cada maneira de conhecer alguma coisa demonstra a existência de outra maneira. Os milagres são realizados quando nos lembramos de que "um mais um é igual a Um". Reflita sobre a dualidade de todas as pessoas, coisas e acontecimentos.

4 - Nunca podemos ter certezas absolutas, sobre se algo é assim ou não é. O princípio científico da incerteza prova que, quanto mais conhecermos um lado ou aspecto de alguma coisa, menos sabemos a respeito do outro lado. Quanto maior o nosso conhecimento, maior é a compreensão do que falta conhecer. Os milagres resultam do nosso reconhecimento de que mesmo as piores notícias são apenas parte da história; o enredo total é um mistério. Demonstre humildade diante dos mistérios do mundo.

5 - Não somos uma mente e uma consciência isoladas. O princípio da unicidade prova que os milagres são criados a partir de nossos esforços para reconhecer, ter consciência e pensar como uma única mente. Todos os milagres são um esforço de grupo. Recorra à oração como a sua maior fonte da energia universal.

6 - Existe mais de uma realidade. O princípio dos múltiplos reinos da realidade prova a existência dos diversos domínios da realidade e mostra que cada um desses reinos tem as suas próprias regras e maneiras de explicar o universo. Não temos de "enfrentar a realidade". Interpretamos as coincidências do mundo e entendemos os sinais da existência de outras leis de causalidade. Fazemos milagres abarcando todas as realidades. Seja criativo ao construir a sua própria realidade.

7 - Como somos nós que decidimos como iremos nos mover pelo nosso mundo, as viagens através do tempo são possíveis. O princípio da simultaneidade prova que em alguns níveis da realidade é possível nos deslocar cósmicamente a velocidades superlumínicas. Os milagres são criados quando criamos o Tempo Sagrado - a reverência pelos momentos especiais - e não quando vivemos unicamente no tempo profano de um dia apressado de cada vez. Carpe die, ou melhor, carpe momentum é a orientação do fazedor de milagres. Seja paciente e torne todo o seu tempo sagrado.

8 - Somos rodeados por campos de energia que determinam o nosso desenvolvimento. O princípio da vibração prova que o nosso corpo, mesmo quando lesado ou doente, é um recipiente para a organização temporária e local da energia do nosso espírito. Os milagres são feitos quando nos libertamos da idéia de que "somos apenas o nosso corpo". Esteja ligado à energia do amor que existe à sua volta.

9 - Estamos constantemente nos desintegrando, e é assim que acabamos juntando todos os nossos pedaços. O princípio científico da sintropia ou neguentropia e as Leis da Termodinâmica provam que as perturbações e comoções da nossa vida são processos naturais e necessários para a reorganização do espírito. Para fazer milagres, precisamos fazer uso e não ter medo dos nossos momentos de crise. Tenha a esperança de que um milagre vai ocorrer.

10 - A existência provoca o caos e o caos é a manifestação de uma ordem que está em evolução. As descobertas científicas do estudo do caos e da complexidade provam que a agitação e as aparentes perdas são parte de um grande processo de ganho cósmico. As coincidências, crises, curas e caos da vida diária demonstram, em uma visão global, a influência cósmica organizadora. Fazemos o milagre final quando descobrimos o significado da desordem em nossa vida, assim como os violentos maremotos e vulcões deram origem à lindas ilhas tropicais, a existência é uma dança permanente da mudança. Alegre-se com o fato de que os milagres podem ser feitos por qualquer um de nós.

sábado, 4 de agosto de 2012

Hipátia (370-415 DC)





"Há cerca de 2000 anos, emergiu uma civilização científica esplêndida na nossa história, e sua base era em Alexandria. Apesar das grandes chances de florescer, ela decaiu. Sua última cientista foi uma mulher, considerada pagã. Seu nome era Hipácia ou Hipátia


Hipátia (370-415 DC), filha de Theron, era uma cientista, matemática, astrônoma, líder da escola de filosofia neo-platônica e diretora da Biblioteca de Alexandria. Cirilo, o arcebispo de Alexandria, a odiava por ela ser um símbolo da ciência e da cultura que, para a igreja, representavam o paganismo. Ela continuou seu trabalho apesar das ameaças até que, no ano de 415, foi cercada pelos monges e paroquianos de Cirilo, despida e esfolada até a morte com cacos de cerâmica. Seus restos foram queimados, suas obras destruídas e Cirilo foi canonizado."


Com uma sociedade conservadora à respeito do trabalho da mulher e do seu papel, com o aumento progressivo do poder da Igreja, formadora de opiniões e conservadora quanto à ciência, e devido à Alexandria estar sob domínio romano, após o assassinato de Hipácia, em 415, essa biblioteca foi destruída. Milhares dos preciosos documentos dessa biblioteca foram em grande parte queimados e perdidos para sempre, e com ela todo o progresso científico e filosófico da época."

A morte trágica de Hipátia foi determinante para o fim da gloriosa fase da matemática alexandrina, de toda matemática grega e da matemática na Europa Ocidental. Após seu desaparecimento, nada mais seria produzido por um período mil anos e, por cerca de doze séculos, nenhum nome de mulher matemática foi registrado.

http://mensageirodasestrelas.blogspot.com.br/2009/12/hipaciahipatia-de-alexandria-primeira.html

OBS: Encontrem em uma locadora e assistam o filme: Alexandria.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Gnose




Gnose, tem por origem etimológica o termo grego "gnosis", que significa "conhecimento". Mas não um conhecimento racional, científico, filosófico, teórico e empírico (a "episteme" dos gregos), mas de caráter intuitivo e transcendental. A Sabedoria ultrapassa o intelecto, através da intuição, contempla. A Sabedoria faz com que a Verdade seja inteligível. O intelecto usa a razão e o conhecimento discursivo.

Gnose é usada para designar um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem, que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua Essência Eterna, maravilhosa e Crística, pela via do coração. 

Gnose é uma realidade vivente sempre ativa, que apenas é compreendida quando experimentada e vivenciada. Assim sendo jamais pode ser assimilada de forma abstrata, intelectual e discursiva.

Nós Gnósticos usamos de explicações metafísicas e 'mitologicas' para falar da criação do universo e dos planos espirituais, mas nunca deixamos de relacionar esse mundo externo e mitologico a processos internos que ocorrem no homem. Hoje a palavra mito, significa alguma coisa inveridica, irreal ou ficticia. Entretanto ela deriva do vocábulo grego mythos, que em seu uso original significa uma explicação da realidade que lhe confere significado.

Os Cristãos Gnósticos constituíram, nos primeiros anos dessa nossa era, uma comunidade fechada, iniciática, que guardou os aspectos esotéricos dos evangelhos, principalmente das parábolas do Mestre Jesus, o Cristo, apresentando um cristianismo muito mais profundo e filosófico do que daqueles cristãos que ficaram conhecidos como a ortodoxia. Os primeiros gnósticos foram os discípulos mais internos, próximos, avançados do Mestre Jesus também chamados Ophitas: Simão (o Mago), Madalena, João, Tiago, Mateus, Marta, Tomé, Filipe, Salomé. Entre os gnósticos havia a participação ativa e não discriminada de mulheres. Outros que seguiram essa linhagem de ensinamento: Mani, Cerintho, Paulo, Menander, Saturnilo, Silas/Silvanus, Priscila, Euphrates, Marcion, Amônio Saccas, Basílides, Valentino, Carpócrates, Bardesanes, Monoimus, Cerdo, Theodotus/Panteno, Ptolomeu, Heracleon, Philon, Hipatia, Porfírio, Jâmblico, Clemente, Orígenes, Proclo, Dionísio Areopagita.

Gnosticismo: Movimento que originou-se na Ásia Menor, difundindo-se da região do Irã à Gália, exercendo a sua maior influência sobre o cristianismo. Tem como base elementos das filosofias pagãs que floresciam na Babilônia, Antigo Egito, Síria e Grécia Antiga, combinando elementos do Helenismo, Zoroastrismo, do Hermetismo, do Sufismo, do Judaísmo e do Cristianismo. Utilizando-se dos ensinamentos mais avançados e internos de Mestre Jesus, espalhou-se entre os séculos I a.C. e III d.C., especialmente pela Galiléia, Síria, Egito, Armênia e regiões da Grécia e Palestina. Havia uma ampla difusão destes textos naquelas regiões e essa visão de mundo era bastante disseminada. Possuíam uma linguagem técnica característica e ênfase na busca da sintonia interior com essa Gnosis, essa Sabedoria Divina, sem intermediários, um conhecimento do Divino por experiência própria.

Enquanto existir uma luz na individualidade mais recôndita da natureza humana, enquanto existirem homens e mulheres que se sintam semelhantes a essa luz, sempre haverá Gnósticos no mundo

"Herege", em grego selecionador, heresia vem do grego haíresis e significa escolha, seleção. Hereges eram chamados antigamente os cristãos (gnósticos) que selecionavam a verdade do meio dos erros, os outros aceitavam cegamente tudo, verdades e erros, como bem ensinou o Apóstolo Gnóstico Paulo: "Examinai tudo e ficai com que é bom"

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gnosticismo