quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Um sábio à beira do rio




Um homem ia cometer suicídio. 
Um mestre estava sentado à beira do rio onde ele ia se jogar. O mestre disse: 
- Espere um pouco! Espere! Você vai cometer suicídio?
O homem disse:
- Quem é você para me impedir?
O mestre lhe disse:
- Eu não estou impedindo você. Na verdade, eu gostaria de vê-lo cometendo suicídio, mas antes de fazê-lo, se você puder doar os seus dois olhos, porque o rei deste país ficou cego e os médicos disseram que se alguém puder doar-lhe os olhos, eles poderão ser transplantados e o rei poderá enxergar novamente. Mas tem que ser olhos de uma pessoa viva, não de um morto. E o que você quiser como recompensa, como prêmio, é só dizer e será seu. Assim, antes de suicidar-se, por que não fazer um pequeno negócio?
O homem disse:
- Quanto ele pagará? 
O mestre disse:
- O quanto você pedir, é só dizer.
Ele disse:
- Eu sou um pobre homem, não posso pedir muito. Dê-me uma sugestão. Eu vou cometer suicídio.
Então o mestre disse:
- Pense alto. Que tal, vinte mil rúpias?
O homem disse:
- Vinte mil rúpias? Meu Deus, eu nunca pensei que poderia ter vinte mil rúpias.
Mas o mestre disse:
- Você ainda pode pensar. Eu posso até mesmo dizer ao rei que você precisa de vinte milhões. Tudo depende de você, pois o rei quer os olhos e paga qualquer preço.
O homem disse:
- Vinte milhões? Mas então, por que eu deveria cometer suicídio?
O mestre disse:
- Isto é com você. Mas, viver uma vida sem os olhos, mesmo tendo vinte milhões de rúpias, não será muito agradável.
Já estavam a caminho do palácio, quando o homem começou a dizer ao mestre:
- Eu estou pensando outra coisa.
Ele disse:
- Que outra coisa? Você já subiu o seu preço de novo?
Ele respondeu:
- O preço não é a questão. Eu estou pensando: só por dois olhos, vinte milhões? E quanto às duas orelhas, o nariz, os dentes, todo o meu corpo? Qual o preço de todo o meu corpo?
O mestre disse:
- Você pode calcular, pois se são vinte milhões por apenas dois olhos...
O homem disse:
- Eu não vou vender. Eu vou para a minha casa.
O mestre disse:

- E quanto ao suicídio?
Ele disse:
- Eu pensava que você era um homem religioso. Você é um assassino!

http://acorujadomontesuntria.blogspot.com.br

Seu Animal Totem




O seu animal totem é aquele que, queira você ou não, estará sempre presente a seu lado, fazendo com que você reaja as situações de determinadas maneiras. Muitas vezes, a linguagem do povo é muito sabia, pois existem certas afirmativas tais como: fulano é um lince, fulano reage como uma cobra, fulano é esperto como um macaco... E o que isso significa? Não será a crença inconsciente de que temos um animal que nos guia? 

Utilizar um animal não é fazê-lo de escravo, como alguns livros dão a entender. É transformar-se neste animal para facilitar algumas coisas que você não poderia fazer usando 
seu próprio corpo. 

A técnica de utilização de animais em projeções e muito usada pelos índios, sendo os xamãs aqueles que a dominam. Como é uma técnica que depende em primeiro lugar da sensibilidade, não é ensinada de maneira comum. Será necessário que você sensibilize dentro de si mesmo o animal para que possa utiliza-lo. 

E muito importante que você vivencie de modo pleno o reino em que o mundo animal vive, ou seja, o reino da natureza. É importante que tenha dentro de si o compromisso com a Grande Mãe, que saiba escutar o vento, que sinta o cheiro da chuva dias antes dela chegar, que conheça o céu que a abriga e, principalmente, que se sinta integrado com este mundo de pedras, plantas e animais. 

Somente depois de uma vivência plena com a Grande Mãe é que você verá que não precisa chamar por um determinado animal, ele mesmo virá ate você, oferecendo sua ajuda. 

Darei a seguir o horóscopo dos índios norte- americanos. Como ele foi idealizado por um povo que vive no hemisfério norte, fiz a sua adaptação para o nosso hemisfério, seguindo a lógica dos índios, que e a dos ventos e das estações. Este horóscopo é um primeiro passo de entrada no mundo da Grande Mãe, pois nele você não se verá como o espécime humano todo-poderoso, mas como uma partícula integrada aos outros reinos. 

Este horóscopo chama-se "A Roda da Cura", para os índios. Utilize-o e estará vivendo em harmonia com o Grande Mistério, a Grande Mãe, o Grande Espirito. 

O Corvo - 21 de março a 19 de abril 
A Cobra - 20 de abril a 20 de maio 
A Coruja - 21 de maio a 20 de junho 
O Ganso - 21 de junho a 22 de julho 
A Lontra - 23 de julho a 22 de agosto 
O Lobo - 23 de agosto a 22 de setembro 
O Falcão - 23 de setembro a 23 de outubro 
O Castor - 24 de outubro a 21 de novembro 
O Gamo - 22 de novembro a 21 de dezembro 
O Pica-Pau - 22 de dezembro a 19 de janeiro 
O Salmão - 20 de janeiro a 18 de fevereiro 
O Urso-Marrom - 19 de fevereiro a 20 de março 

O Eremita




Posição na Árvore da Vida
O Eremita ou Ermitão, é o nono Arcano maior do Tarot. É uma carta que simboliza o isolamento, restrição, afastamento. O eremita isola-se para descobrir o conhecimento que o rodeia, na natureza, por exemplo, e também para se autoconhecer. O aspecto fundamental é que necessita de cortar os laços (temporariamente ou não) com a sociedade que o rodeia.

A carta tem o número IX e a letra hebraica Yod.

Simbologia

Um homem, de pé, tem na mão esquerda um bastão que lhe serve de apoio, enquanto que com a direita levanta uma lanterna até a altura do rosto. Está representado de três quartos, com o rosto voltado para a esquerda. Veste uma grande túnica e um manto azul com o forro amarelo. Seu capucho, caído sobre as costas, parece continuar a túnica e é arrematado por uma borla amarela.
A lâmpada, aparentemente hexagonal, tem apenas três de seus lados visíveis, sendo o central vermelho e os restantes amarelos.
O fundo da gravura é incolor, e o chão de um amarelo estriado de listas negras, muito semelhante ao reverso do manto.

Palavras-chave

O Iniciado, o buscador incansável. Sabedoria, iluminação, estudo, autoconhecimento. Meditação, recolhimento, saber desligar-se. Reavaliação da vida e dos objetivos. Concentração, silêncio. Profundidade. Prudência. Reserva. Limites. Influência saturnina. Austeridade, moderação, sobriedade, discrição. Médico experiente, sábio que cala seus segredos. Celibato. Castidade.
Mental: Contribuição luminosa à resolução de qualquer problema. Esclarecimento que chegará de modo espontâneo.
Emocional: Alcançar as soluções. Coordenação, encontro de afinidades. Significa também prudência, não por temor, mas para melhor construir.
Físico: Segredo descoberto, luz que se fará sobre projetos até agora ocultos. Na saúde: conhecimento do estado real, consultas que podem remediar os problemas.
Sentido negativo: Obscuridade, concepção falsa de uma situação. Dificuldades para nadar contra a corrente. Timidez, isolamento, depressão, recusa de relações. Mutismo, circunspecção exagerada, isolamento, caráter fechado. Avareza, pobreza. Conspirador tenebroso.

História e iconografia

O Ermitão é, sem dúvida, um dos arcanos menos alegóricos do Tarot. A imagem de um peregrino em hábito de monge, transportando um cajado, pode ser encontrado em dezenas de iluminuras em manuscritos dos séculos XV e XVI. O único detalhe que o afasta desta monotonia é a lâmpada que leva na mão direita: por ela imagina-se que seja uma ilustração da conhecida história de Diógenes em busca de um homem. Esse relato foi muito popular na alta Idade Média e no Renascimento e, de fato, vários modelos renascentistas do Tarot chamam o Arcano VIIII de Diógenes.
Alguns estudiosos acreditam que boa parte do simbolismo do Ermitão liga-se aos princípios fundamentais desse filósofo cínico: desprezo pelas convenções e vaidades, isolamento, renúncia à transmissão pública do conhecimento.

Mas este mutável personagem teve ainda outras representações: no tarocchino de Bolonha, aparece com muletas e asas; no de Carlos VI, tem uma ampulheta no lugar da lâmpada (o que o associa a Cronos ou Saturno, medidores do tempo).

Outra interpretação surge ainda do aparente erro ortográfico que se pode ver no Tarô de Marselha, onde a carta figura como L'Hermite em lugar de L'Ermite. Etimologicamente, o nome não derivaria então do grego eremites, eremos = deserto, mas provavelmente de Hermes e seu polivalente simbolismo. A esse respeito, podemos lembrar que é precisamente a Thot, equivalente egípcio de Hermes, que Gébelin e seus seguidores atribuem a invenção do Tarot.

Wirth explica os atributos do Eremita como termo final do terceiro ternário do Tarô, relacionando-o com os arcanos VII e VIII, que o precedem nesse ternário. Nessa relação, O Carro aparece como o homem jovem e impaciente para realizar a obra do progresso, que A Justiça se encarrega de retardar, amiga como é da ordem e pouco amante das improvisações; O Ermitão seria o conciliador deste antagonismo, evitando tanto a precipitação quanto a imobilidade.

Costuma-se interpretar também o seu significado como oposto e complementar ao do Arcano V (O Pontífice): o Eremita não é o codificador da liturgia, o responsável executivo de uma igreja, o pastor de um rebanho: seu pontificado é silencioso e sutil, seus discípulos são escolhidos. Na relação iniciática, é evidente que representa o “guru” e por isso foi definido como “o artesão secreto do futuro”.

No sentido negativo, o Arcano VIIII não é apenas a carta dos taciturnos; por sua minuciosidade e ritualismo, refere-se também aos temperamentos obsessivos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Curry. Temperando a vida.




O curry é um dos personagens mais antigos da história dos temperos. Segundo os registros disponíveis, a idéia de misturar diversas especiarias e ervas para incrementar o sabor das receitas teve sua origem na Índia. O termo curry é derivado da palavra kira, do tamil, língua falada no sul da Ásia, que significa molho. O tempero também é conhecido como caril, nos países de língua portuguesa.

Esse tempero de sabor peculiar e inconfundível, mescla de picante e adocicado, é preparado de uma forma bastante eclética. Uma alquimia de mais de 20 tipos de especiarias, ervas e sementes. Na Índia, é comum ser preparado diariamente, e até comido puro.

Seus ingredientes variam, mas basicamente é feito com cardamomo, cravo, canela em rama, cominho, semente de erva-doce, feno-grego, noz-moscada, pimentas preta, vermelha e dedo-de-moça, sementes de papoula, gergelim, tamarindo, coentro em grãos e cúrcuma. Este último é o responsável pela sua cor amarela característica.

Além deles, outros ingredientes são incluídos, conforme a vontade de quem prepara: alforva, pimenta-de-caiena, cominhos finos, pimenta-da-jamaica, pimentão, alecrim, gengibre, cravinho.

Existem currys que chegam a levar setenta plantas diferentes. Inicialmente o curry servia para temperar exclusivamente o arroz, mas atualmente é usado para o preparo de inúmeras receitas.

Mas o fato é que, além de ser um tempero multifuncional e que cai bem numa infinidade de receitas, o curry também vem se mostrando um excelente auxiliar para a saúde humana. Nos últimos anos, foi descoberto que o tempero tem capacidade de defender as células do corpo. 

O curry reduz mutações celulares que provocam câncer, evita inflamações no intestino, acaba com doenças que atacam a gengiva e afasta a artrite. Em recentes estudos na Itália e Estados Unidos, pesquisadores encontraram evidências que a cúrcuma presente no curry pode prevenir de Alzheimer. Além de ter ação antiséptica e atuar de forma positiva nos tratamentos da AIDS e câncer.

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, detectaram que o cúrcuma também é capaz de defender o sistema nervoso dos males causados pelo Parkinson. Enquanto pesquisadores da Universidade Rutgers declararam que a utilidade terapêutica do curry é elevada quando o tempero é consumido com verduras como couve-flor e brócolis.

Então, agora que sabemos o imenso poder do curry, vamos a algumas receitas preparadas com esse riquíssimo tempero.

http://guardiadehecate.blogspot.com.br


Curry Indiano com berinjelas e almôndegas

Nível de dificuldade da receita – médio

Ingredientes

  • 400 g de carne moída (pode ser de vaca – indiano não come vaca!), frango ou porco
  • 2 berinjelas médias
  • 300 g de tomate fresco triturado
  • 2 cebolas grandes
  • 2 colheres de sopa de curry indiano (o que você mais gostar)
  • 1 fatia de pão
  • 2 colheres de sopa de hortelã picada
  • 2 colheres de sopa de coentro picado
  • Leite
  • Noz-moscada
  • Farinha
  • Óleo de girassol
  • Sal e pimenta preta


Preparação

1. Corte a berinjela em cubos de cerca de 2-3 centímetros quadrados, mais ou menos. Salgar e deixar sobre uma peneira.

2. Retire a casca do pão e mergulhe-o no leite. Misture a carne com o pão e a hortelã, e tempere com um pouco de noz moscada, sal e pimenta. Reserve na geladeira.

3. Corte a cebola em tiras e coloque para fritar em uma frigideira grande em fogo médio com um pouco de óleo de girassol, até ficar macia (cerca de 05 a 10 minutos). Mexa de vez em quando para não queimar.

4. Incorpore o curry, mexa e deixe-o aromatizar por um minuto. Acrescente os tomates, baixar o fogo e deixe cozinhar por aproximadamente 15 minutos.

5. Enquanto isso, seque a berinjela picada com papel toalha e frite-a em uma panela com o óleo de girassol bem quente e em lotes. Vá retirando e deixando-a secar sobre um prato com toalhas de papel.

6. Prepare uma tigela com farinha. Com a carne, formar pequenas almôndegas, passe-as na farinha e frite-as no mesmo óleo em que fritou as berinjelas. Vá colocando-as em um prato com papel toalha para perder o excesso de gordura.

7. Incorporar a berinjela e as almôndegas ao molho curry. Cozinhe por 15 minutos, adicionando água se vir que o molho está muito espesso. Deixe repousar com a panela tampada por uns 10 minutos e depois sirva com o coentro picado por cima. Fica muito bom se  acompanhado com arroz basmati branco e iogurte natural.

http://asimplicidadedascoisas.wordpress.com/2012/05/23/curry-indiano-com-berinjelas-e-almondegas/