segunda-feira, 9 de julho de 2012

Jeito de Mato



De onde é que vem esses olhos tão tristes? 
Vem da campina onde o sol se deita. 
Do regalo de terra que teu dorso ajeita. 
E dorme serena, no sereno e sonha. 

 

De onde é que salta essa voz tão risonha? 
Da chuva que teima, mas o céu rejeita. 
Do mato, do medo, da perda tristonha. 
Mas, que o sol resgata, arde e deleita. 


Há uma estrada de pedra que passa na fazenda. 
É teu destino, é tua senda onde nascem tuas canções. 
As tempestades do tempo que marcam tua história, 
Fogo que queima na memória e acende os corações. 


Sim, dos teus pés na terra nascem flores. 
A tua voz macia aplaca as dores 
E espalha cores vivas pelo ar. 
Sim, dos teus olhos saem cachoeiras. 
Sete lagoas, mel e brincadeiras. 
Espumas, ondas, águas do teu mar... 

Almir Sater

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