Excelente documentário que foi exibido no National Geographic Channel.
As Cavernas estão localizadas no México próximo à cidade de Naica, e foram descobertas acidentalmente em 2000 por dois mineradores que escavavam um túnel de exploração dentro de uma mina, quase 300 metros abaixo da superfície. Em seu interior se encontram os maiores blocos de cristais existentes no mundo com mais de 11 metros de comprimento e 55 toneladas de peso.
A temperatura do ar é maior que 55 graus Celsius e a umidade ultrapassa 90%, fazendo com que a sensação térmica ultrapasse a temperatura da água em ebulição. Para se chegar até lá é necessário o uso de uniformes especiais, capazes de suportar o intenso calor, que é produzido pela proximidade de uma câmara de magma incandescente localizada alguns quilômetros abaixo do local. Entrar ali sem uma proteção especial pode ser fatal em menos de 15 minutos, o que torna obrigatório o uso de trajes similares aos usados pelos astronautas. Mesmo com a proteção térmica, os - terranautas – como são chamados os exploradores só podem permanecer no interior da caverna por no máximo 45 minutos.
George Kourounis é um dos mais ativos exploradores científicos do mundo e seus trabalhos são amplamente veiculados em canais especializados como Discovery Channel, National Geographic, BBC, entre outros.
“Para sobreviver nas cavernas tivemos que levar equipamento extra de refrigeração dentro de uma mochila”. Até os equipamentos eletrônicos precisaram ser aclimatados para funcionarem adequadamente. É um lugar realmente extremo, mas a beleza é incomparável. Não estamos no espaço exterior, mas no espaço interior”, disse o explorador que participou da expedição às Cavernas dos Cristais entre 3 e 6 de setembro de 2009.
Os cristais do interior das cavernas são formados de selenita, uma espécie de gesso cristalizado amplamente usado na fabricação do vidro ou como aditivo para solos pobres. Algumas peças cresceram ali durante meio milhão de anos, em uma solução de água quente saturada de minerais e durante todo esse tempo a temperatura da água permaneceu praticamente constante, aquecida pela câmara vulcânica abaixo das cavernas.
As condições na caverna cheia de água permaneceram praticamente imutáveis durante centenas de milhares de anos, assim permitindo que os cristais alcançassem tamanho surpreendente.
Em 1985, mineiros drenaram a caverna sem querer, ao rebaixar o lençol freático na mina por bombeamento. Não mais imersos na água, os cristais pararam de crescer, mas poderiam retomar seu crescimento se a água tomasse o local mais uma vez. Por enquanto, a caverna está protegida por uma porta pesada de aço para protegê-la de saqueadores e de danos ambientais causados pelo sistema de ventilação da mina.
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