quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Natal Místico

Por: Juarez de F. Prestupa
Esoterismo diz que a festa de Natal é anterior a Jesus Cristo
Estudos esotéricos indicam que as origens da festa natalina são anteriores ao nascimento de Jesus Cristo. Os sabás comemoravam o tempo de renascimento do Sol, na mesma época do Natal. As árvores de Natal, as luzes, os enfeites nas portas e o próprio Papai Noel tiveram origem nessa tradição dos druidas. Para os esoteristas, a época é propícia para a magia.
Festa natalina é mais antiga que Jesus
A festa do Natal é muito mais antiga do que a cristandade e remonta ao tempo e religiões do paganismo. A tradicional festa do Natal contém em si uma simbologia toda alheia ao dogma cristão moderno. Inicia-se pela data: Jesus não nasceu realmente aos 25 dias de dezembro. A Igreja Católica, no Concílio de Nicéia - mais de 400 anos após o nascimento e morte de Jesus, resolveu convencionar o nascimento de Jesus nesta data.
Na antigüidade, sempre que um país ou terra era conquistado, o novo governo e a religião sempre procuravam se utilizar das datas comemorativas antigas da cultura conquistada, para evitar entrar em choques com ela e aproveitar para introduzir sutilmente uma nova crença, utilizando-se das grandes festas populares.
Desde a antigüidade a humanidade cultua os Deuses, pois o homem necessita antropomorfizar as coisas para ter um referencial sobre si mesmo. As religiões primevas surgiram do culto das fontes que saciavam as necessidades físicas básicas do ser humano. Na forma de religião havia a satisfação do espírito de um corpo já saciado. Assim cultuava-se as plantas, árvores, montanhas, a chuva, o mar.
Daí surgiu o culto ao trigo, do qual é feito o pão ázimo dos judeus (origem do cristianismo) ou a hóstia. Há também o culto da parreira e do vinho, utilizado pelos sacerdotes cristãos até hoje. Este culto antigo era quase que totalmente devoto da Mãe Natureza. Do culto à Mãe Natureza originou-se o culto aos seus ciclos (estações do ano), necessários para a agropecuária. Estes ciclos são muito bem marcados ao longo do caminho solar (do Sol), denominado "ano terrestre", na forma de equinócios e solstícios.
Normalmente é difícil questionar a origem da simbologia que acompanha estas grandes festas religiosas. O que tem a ver a figura do Papai Noel com o nascimento de Jesus? E as renas que levam o carrinho do Papai Noel para o norte? Porque o norte?
E ainda temos as tradicionais bolinhas que enfeitam as também tradicionais árvores de natal. O que tem a ver a árvore e bolas com o nascimento de Jesus, o Cristo? Será que alguém já explicou isso?
A tradição das festas religiosas vêm quase que todas do hemisfério norte. A simbologia natalina provém quase que totalmente do paganismo, de religiões tais como o druidismo e que também contém símbolos cabalísticos da tradição judaica.
Sabás invocam o renascimento do Sol no Natal
As principais festas pagãs são oito ao total no ano e seguem um determinado ciclo da natureza. Destas festas quatro são solares e quatro lunares (uma festa lunar, por exemplo é o Halloween). Elas se intercalam como numa relação sexual sagrada que gera, mantém, perdura, tira e renova a vida. As festas solares são definidas pelo movimento do Sol e dos pontos originados por seu cruzamento sobre a projeção do equador terrestre no céu, bem como pelos pontos definidos por sua maior distância dos mesmos.
Estes pontos são denominados por equinócios (quando o Sol cruza o equador celeste e os dias têm duração igual às noites); e, por solstícios (quando o Sol está mais distante do equador celeste e a duração dos dias e noites são desiguais ao máximo). Estas quatro datas do ano marcam festas comemorativas espirituais conhecidas por sabás (que nada têm a ver com os sabás negros, missas negras ou coisa do gênero).
A festa cristã do Natal foi definida para o dia 25 de dezembro, quando a data pagã de comemoração do solstício é próxima ao dia 23 de dezembro, variando em horário e até dia, de ano para ano. O Solstício de Inverno, para o hemisfério norte, ocorre sempre por vota desta data.
Druidas
A comemoração do Solstício de Inverno na tradição druídica chama-se "Alban Arthuan" (a Luz de Arthur"). Representa o tempo em que se podemos nos abrir para as forças de inspiração e concepção. É tempo de morte e renascimento. O Sol parede estar abandonando a Terra enquanto a noite mais longa chega. As palavras cerimoniais dos druidas são: "Liberte-se, oh homem/mulher, do que quer que lhe esteja impedindo o aparecimento da Luz!". O Solstício de Verão é quando a luz penetra na escuridão do mundo.
A sacerdotisa diz: "Esta é a noite do solstício, a noite mais comprida do ano. Agora, a escuridão triunfa: no entanto, recua e transforma-se em luz. O fôlego da Natureza está em suspenso: todos aguardam, enquanto dentro do caldeirão o Rei da escuridão é transformado em Criança da Luz (saída do útero para fora do corpo da mãe). Aguardamos a chegada do amanhecer, quando a grande mãe dará à luz novamente a divina criança do Sol, que é portadora da esperança e da promessa de verão... estamos todos acordados na noite. Giramos a roda para que ela traga a luz. Invocamos o Sol (Sol Invictus) do ventre da noite (vigília)...". Uma simbologia muito parecida, senão análoga, à tradição cristã.
Chifres
Na tradição da Natureza ou pagã, o Natal é data de festejar o renascimento do Sol e glorificar o deus Chifrudo. O aspecto do deus invocado nesse Sabá é por certas tradições wiccanianas a do Deus Frey, o deus escandinavo da fertilidade. Outros Deuses chifrudos são Pã ("tudo" ou cosmos, em grego) e Hernes/Cernnutos (celta). É bom ressaltar que "Sabá", nesta tradição, nada tem a ver com Satanismo.
Também no Velho Testamento os chifres são símbolo de poder divino. No Salmo 18:3 Deus é simbolizado como chifre como fonte de poder; em Êxodo 27:2 estabelece-se que deve haver chifres nos quatro cantos do altar; em Deuteronômio 33:17 fala-se acerca dos chifres de Deus; em 1 Reis fala-se dos chifres do profeta; em Salmos 132:17 coloca-se os chifres como bênção semelhando à de Davi. Em algumas bíblias ilustradas o próprio Moisés é retratado com chifres após seu contato com "Deus".
O deus Chifrudo é integrado com a Natureza. Nos tempos antigos, o Solstício de Inverno correspondia à Saturnália romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade e a vários ritos de adoração ao Sol.
Natal equivale ao Solstício de Verão para o Brasil
Os druidas celebravam o princípio da escuridão
No hemisfério sul ocorre o Solstício de Verão em dezembro. Pela tradição pagã, celebra-se a festa chamada "Alban Heruin", a Luz do Litoral. É quando os druidas realizavam sua cerimônia mais complexa. Eles faziam uma vigília durante toda a noite, a partir da meia-noite da véspera do solstício, sentados ao redor da fogueira do solstício.
A noite acaba numa questão de horas (é a menor noite do ano) e, quando a luz irrompe, a Cerimônia da Aurora marca a hora do nascer do Sol no seu dia mais poderoso. Ao meio-dia outra cerimônia era realizada. Era celebrada em "Stonehenge".
Alban Heruin está no Sul, é tempo da expressão quando podemos nos abrir para realizar nossos sonhos e trabalharmos na arena do mundo exterior. Simboliza o poder do Sol. Em certas tradições wiccanianas o Solstício de Verão chama-se "Litah" e simboliza o término do reinado do ano crescente do Rei do Carvalho, que é, então substituído pelo seu sucessor, o Rei do Azevinho do ano decrescente.
Papai Noel
Estes reis são gêmeos, um é claro e outro escuro e cada qual é o "eu" do outro. São rivais quanto aos favores da grande Deusa. A verdadeira origem do Papai Noel é o Rei do Azevinho (verde, com frutas vermelhas, enquanto todas as outras plantas estão sem frutos) e não o bispo de Mira do século IV.
É um dia mágico, adequado para a colheita das ervas mágicas, para as adivinhações, os rituais de cura. Todas as formas de magia são extremamente potentes na véspera do Solstício de Verão.
A partida da luz
Nesta cerimônia do Solstício de Verão a sacerdotisa diz: "Este é o tempo da rosa, florescência e espinho, fragrância e sangue. Agora, neste dia mais longo a luz triunfa e, no entanto, começa a declinar para a escuridão. O Rei Sol amadurecido abraça a Rainha do Verão no amor que é morte, pois ele é tão completo que tudo se dissolve na única canção de êxtase que move os mundos. Portanto, o Senhor da Luz morre para si mesmo e navega através dos mares misteriosos do tempo, buscando a ilha da luz que é o renascimento. Giramos a roda e partilhamos seu destino, pois plantamos as sementes de nossas próprias transformações e, a fim de crescermos, devemos aceitar até mesmo a partida do sol..."
Celebração pode ser feita em casa
A tradição do hemisfério norte pode ser seguida por qualquer pessoa no Brasil. Quem quiser celebrar a festa do Solstício de Inverno neste Natal, deve decorar a árvore, pendurar o visco e queimar o azevinho em ramos de carvalho.
Também é preciso decorar o altar com visco e azevinho. Pode-se dizer as palavras do druida e da sacerdotisa (já citados na matéria). O incenso pode ser feito de louro, cedro, pinho e alecrim. As velas podem ser douradas, verdes, vermelhas e brancas. As pedras indicadas para se levar no corpo e no altar são o olho-de-gato e o rubi.
Quem preferir adequar a celebração ao clima tropical celebrando o Solstício de Verão, deve se alimentar com vegetais frescos, frutas do verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel. O incenso é feito de olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia. As velas podem ter cores azul e verde. As pedras são todas as verdes.
O altar é decorado com rosas e flores de verão. É preciso colocar no altar uma figura de Deus feita de paus entrelaçados com um pão dentro dele (envolto em papel alumínio). Pode-se repetir o que a sacerdotisa diz (leia acima). Dançar com a figura de Deus e meditar ao ver as flores murcharem e queimarem. Depois tirar o pão de dentro e imaginar a força do que se queimou interiorizando-se no pão.
Símbolos natalinos surgiram com druidas
A maioria dos símbolos do Natal têm origem nos druidas, os sacerdotes dos celtas. O termo druida significa "carvalho", mas também mago e encantamento. Eles eram sábios especialistas em medicina natural e filosofia.
As velas que usamos na festa do Natal, por exemplo, são a simplificação das antigas fogueiras. A festa de 25 de dezembro é celebrada por definição, graças à proximidade com o dia 22/23. O Papai Noel é representado morando no Hemisfério Norte pois é simbolizado no Norte o tempo do frio, da noite e da morte em geral. Também e no norte que fia "posicionado" o reino dos gnomos - elementais da terra que aparecem ajudando o Papai Noel de forma oculta. As renas também eram cultuadas pelos druidas.
Missa do Galo
A tradicional Missa do Galo cristã também segue a tradição da cerimônia pagã. O galo é um animal sagrado para os ciganos e há quem diga que eles são um ramo perdido dos atlantes e que os druidas/celtas são outro ramo de atlantes sacerdotes. O galo é quem diz: "Eu sou aquele que canta o raiar de um novo dia, de uma nova esperança, de uma nova vida!", em uma clara alusão ao Sol como deus e origem da vida.
Também o costume dependurar nas portas os enfeites de vegetais tem a ver com a tradição celta de pendurar visco sobre a porta, que era considerado extremamente mágico e conferia poderes a quem o usasse na data do solstício. Os druidas cultuavam as árvores, daí a origem da Árvore de Natal.
Uma contribuição judaica
Outra relação é com a Árvore da Vida cabalística e seus Sefirotes (esferas, bolas). As luzes e os enfeites pendurados na árvore como decoração são, na verdade, símbolos do sol, da lua, das estrelas, dos anjos cabalísticos, como aparecem na Árvore Cósmica da Vida. A Árvore de Natal é geralmente encimada por uma estrela de cinco pontas. Trata-se do símbolo mágico e cabalístico do pentagrama, o homem cósmico, o adan-cadmon, o domínio dos cinco elementos. É a expressão máxima da magia.
Papai Noel tem uma relação direta com o Pai (Deus) em sua versão Noel. El é o sufixo hebraico que designa a maioria dos anjos e é relativo à séfira Hesed (Misericórdia). Esta séfira abriga o coro angélico das Dominações e as cores jupiterianas (violeta, púrpura) a dominam. As vestes do Papai Noel é toda nestas cores e em dourado, cor da verdade e do espírito. "EL" é o aspecto de Deus da justiça pacífica e , da virtude e da misericórdia. Ele distribui "presentes" e liberdade aos que merecem e até aos que não merecem. Ele assiste nos assuntos relacionados com os assuntos religiosos. Em hebraico "No" (de Noel) é formado por N + O, que valem 14 e 6 respectivamente, "A Temperança" e "Os Enamorados" respectivamente no Tarô (no Tarô cada arcano maior corresponde à uma letra hebraica). São arcanos de paz e de harmonia. É interessante observar-mos que a 14a letra hebraica e a 6a correspondem respectivamente ao signos de Escorpião e de Touro (segundo o Sefer Yetzirah, livro sagrado na Cabala). Estes signos regem, em astrologia, o Eixo do Prazer, da segurança e do bem estar no mundo da matéria. São os responsáveis pela distribuição da saúde, do dinheiro, dos bens materiais e do prazer sexual e sensorial. Somando-se 14 + 6 resulta 20, o arcano "A Ressurreição" que nos traz um momento de reflexão sobre o que se foi para se aproveitar o melhor do passado em prol de um futuro melhor. Neste arcano as coisas boas do passado podem ser a "matéria prima" para um futuro melhor.
As luzes e os enfeites da Árvore de Natal representam também as almas dos que já partiram e que são lembrados no final do ano, segundo o xamanismo.
Fonte:
http://veraperdigao.blogspot.com/


Segundo o texto de Mateus 2:1, Jesus nasceu antes da morte de Herodes. De acordo com os historiadores, Ele deve ter nascido nos primeiros meses do ano. É interessante que os cristãos que viveram perto da era apostólica comemoravam "ora dia 6 de janeiro, ora 25 de março" 
Por que 25 de Dezembro? Essa data foi fixada no ano 440, mas o primeiro natal foi em 325, em Roma.O objetivo era "cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa que rivalizava com o cristianismo nos primeiros séculos); que celebrava o natalis invicti solis (nascimento vitorioso do sol)". 25 de dezembro é o dia do nascimento do deus Sol, deus do mitraísmo.

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