quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Profundidade


Descemos a colina. Tu levas um ramo de
oliveira na mão. Sobre as estrelas do teu
sorriso, a roupa branca. Sobre o cruto da
montanha a morada dos deuses.

Além, a casa lacustre. Sobre uma estaca,
o nosso Gato . Castanheiros pesam
o tempo. Tempo primordial, que este
livro desperta em nós.















Na areia dos mapas escreves o teu nome.
Os ventos do norte chegam e levam-no
pelos quatro cantos da terra: Palavra
Indecifrável, silenciosa como a eternidade.

Porém quem colocar o ouvido sobre o peito
de Geia, quem se libertar da sua própria voz, poderá ouvi-la ecoar no fundo dos precipícios,
Clara e profunda como a lua cheia....                       

 Luís Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário